Sobre

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Benvindos ao portfolio dos trabalhos desenvolvidos em Laboratório de Som e Imagem, uma unidade da licenciatura em Design de Comunicação da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e que tem como objectivo apresentar aos alunos os elementos fundamentais do som e da imagem digitais, expandindo e questionando a primazia das ferramentas de software nos processos de design. Foram assim introduzidos métodos inconvencionais de manipulação de som e imagem como o databending; os estudantes foram também convidados a participar em exercícios de design condicional e a experimentar técnicas de geração procedimental, inicialmente em papel e posteriormente com recurso ao computador. Também foi abordada uma ferramenta de programação criativa – o Processing – de uma forma informativa mas sem compromisso para o desenvolvimento de projectos.

Os projectos apresentados neste portfolio – construídos por estudantes a solo ou em equipas de até três elementos – apresentam tanto a vasta gama de interesses dos estudantes como as vastas possibilidades abertas pelos tópicos discutidos em Laboratório de Som e Imagem. Não foi dado qualquer briefing ou tema aos estudantes, em vez disso foram desafiados a partir de uma página em branco para uma exploração dos elementos fundamentais e procedimentos geradores de media digitais. Estou pois muito agradado com as respostas a tal difícil desafio, que abrangeram tanto tipografia procedimental como jogos de computador, tanto jogos de tabuleiro explorando design condicional como livros de colorir gerados procedimentalmente, tanto explorações de técnicas de databending que deram origem a propostas de branding, design de moda ou cerâmica, como múltiplas abordagens à visualização áudio, e dança, e performance… & etc.

Gostaria de terminar com uma palavra calorosa para todos os meus alunos, a maioria dos quais espero reencontrar brevemente nos corredores da FBAUP, e com uma palavra em especial para os alunos de intercâmbio Erasmus com quem tive o privilégio de trabalhar neste último semestre. Vendo a Universidade não apenas como um lugar para ensinar, mas também como um lugar para aprender com os estudantes e para promover um espírito de companheirismo – sobretudo aquele entre os estudantes -, tenho todo o prazer em acolher estudantes de outras culturas nas minhas salas de aula. Foi assim fantástico constatar como a frieza do digital e do procedimental pôde ser animada pelas culturas, experiências e filosofias pessoais dos estudantes Erasmus: o cinto tradicional Letão da Aneta e da Tina, a tipografia Coreana da Jynyoung, as viagens pela remota Araucânia do Niccolò, os ‘pesadelos’ de encantar da Nefeli, a ideia temerária da Signe de que o que define uma brincadeira, o jogo, é comportarmo-nos de forma um pouco ridícula – e Amanda, Caroline, Fabrício, Karina, Ruta e Natalie… Obrigado por tudo aquilo que me ensinaram.

Eduardo Morais
6 de Julho de 2015