Crash & Eat

Fátima Bravo, Inês Dias, Rute Duque

https://www.youtube.com/watch?v=I04R0dVFC4M

Este projecto surgiu como uma tentativa de associar os conhecimentos obtidos na cadeira de Laboratório de Som e Imagem à vida quotidiana. O nosso objetivo passava por encontrar algo trivial, que fizesse parte do dia-a-dia de cada pessoa e torná-lo alvo de admiração artística. Por isso decidimos criar um serviço de louça decorado com padrões ilustrativos criados a partir de imagens manipuladas ou criadas por algoritmos.

Após tomar a decisão do tipo de projecto a realizar, foi feito o trabalho de pesquisa: estudamos os produtos de mercado semelhantes aos que pretendíamos criar, não só para servir de inspiração, mas também para nos podermos distanciar dos mesmos e inovar na área. Como produto de um brainstorming do grupo, definimos que seriam usadas imagens de artistas (de forma a obter resultados coerentes) associadas a um tema base: a alimentação. A ideia passou por criar pratos nos quais, ironicamente existisse já “comida desfeita” ainda antes de serem usados para o seu propósito real.

Nesta fase do trabalho, seria necessário escolher qual a técnica a usar para conceber as imagens. Optamos por processos de databending: usando imagens dos artistas “The Voorhes”, criamos uma série de glitches. Para isso foram utilizados programas de edição de som e de texto. Primeiro colocamos as imagens no programa Audacity, transformando-o num ficheiro raw, de seguida abrimo-lo num editor de texto, onde alteramos parcialmente o código da imagem, através de sobreposições de texto essencialmente. Para criar os padrões utilizados no serviço de louça criamos moldes de ilustração no programa Adobe Illustrator (formas geométricas, fluídas e de preenchimento, para atingir diversidade e dinamismo nos conjuntos), aos quais submetemos os glitches em forma de máscaras (clipping masks).

Ambicionando uma apresentação aliciante do projeto, e até mesmo pela satisfação de o ver em prática, decidimos fazer uma maquete (com louça e autocolantes) constituída pelos elementos que pensamos criar para o serviço, isto é, 3 pratos principais, 3 pratos de sobremesa, 3 tigelas e 3 canecas. Estes elementos permitiram-nos criar várias colecções e combinações: por glitch, por forma dos moldes de ilustração ou por mistura.

Finalmente, adoçamos o projecto com um vídeo de apresentação em stop-motion, que promove o serviço pelo seu carácter divertido e dinâmico, não descurando da exposição criativa das potencialidades do serviço criado.

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Fátima Bravo viveu toda a sua vida rodeada pela natureza, pela vida animal e a aventura. Vinda da terra entre os montes, Vila Real, orgulha-se das suas origens e sempre que possível regressa ao seu habitat natural. No norte cresceu e no norte permanece, hoje, estuda na cidade invicta nas Belas Artes. Desde nova que o mundo das artes a fascina, descobriu mais tarde o design que a conquistou. É uma pessoas de poucas palavras mas que vive intensamente este mundo.

Inês Dias nasceu na cidade invicta e a ela permanece leal. Já em pequena preferia o lápis no papel à colher na sopa. Frequentou a Escola Artística Soares dos Reis para alimentar o gosto pela arte. Pela altura em que descobriu o Design de Comunicação, já a ilustração e o teatro faziam parte do seu currículo. Tem vindo a aproveitar todas as oportunidades de crescer e conhecer o domínio em que está inserida, não fosse este já parte intrínseca da sua personalidade.

Rute Duque nasceu em Kaiserslautern, na Alemanha, sendo que veio ainda muito pequena para Portugal, mais concretamente para a cidade de Braga, que se tornou a sua cidade. Estudou Artes Visuais no ensino secundário e escolheu como curso superior Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Com esta escolha, mudou-se para o Porto onde reside no momento. Desde sempre se interessou pela arte da composição estética, harmonia, música, etc., sendo sempre áreas ligadas ao mundo artístico.