Ride a Bike

Artur Santos, José Vaz

https://www.youtube.com/watch?v=BYYYCK6zTws

O nosso projeto propõe uma interação entre um utilizador e uma sequência de imagens vídeo gravadas previamente. Com a integração de uma webcam, que faz o scanner do movimento do utilizador, processando em cada segundo a variação da imagem em três níveis de movimento, que despoleta também três velocidades diferentes no vídeo que estamos a ver. Assim há uma correspondência direta entre o movimento do utilizador e a projeção do ecrã. No caso do nosso projeto, a que demos o nome de RIDE a BIKE, consistia em imagens de um ciclista urbano, na sua “arriscada” corrida pelo centro de Nova York.

Todo o trabalho foi realizado em Processing e utilizou uma webcam ligada a um computador que processava o movimento, exportando médias de um segundo para um outro computador ligado em rede, que processava essa informação de entrada e iniciava o play num ponto determinado do vídeo previamente carregado, com várias velocidades do movimento do ciclista. A utilização de dois computadores permitiu que o programa funcionasse de forma mais eficaz em termos de processamento, testando ao mesmo tempo a possibilidade de os dados de input serem processados diretamente num servidor na cloud.

Este projeto tinha igualmente um caráter lúdico, pois o utilizador poderia fazer ginástica ou dançar enquanto via a sua “viagem” pelas ruas da cidade americana. O jogo foi programado para ser facilmente expansível, possibilitando a inserção de novas modalidades de jogo (cidades), por exemplo Porto ou Londres.

Na apresentação em aula, o efeito foi o pretendido em termos de interação, onde foram apontados algumas melhorias como, utilizar algum grafismo para avisar o utilizador que está bastante lento e o jogo poderá parar, ou reduzir o delay que existe no input de dados.


Artur Santos (n. 1987). Co-Autor de uma infância repleta de petta zetas, desde cedo cativou um feroz interesse por aquilo que, mais tarde, se viria a revelar a sua grande paixão – o design como meio de comunicação. Cresceu atento à componente gráfica de tudo que o rodeava, intrepretava a mensagem e a mensagem subliminar. Em meados de 97 sopra as velas ao seu primeiro computador de secretária, oferecido pelos pais. Aos 15 anos de idade, motivado pela programação e pela infinidade de janelas que já havia aberto graças à internet 56K, inicia o ensino secundário com a componente tecnológica de informática. Paralelamente à sua formação, Artur inicia a sua carreira como programador freelancer aos 18, mais tarde dando especial atenção e preferência ao design e implementação de aplicações para web e dispositivos móveis. Aos 26 anos decide ingressar no ensino superior, no curso de Design de Comunicação da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

José Vaz (Porto, 1970’s). Começou a desenhar, e com 5 anos aprendeu a ler os nomes dos desenhos animados preferidos no guia de TV no jornal. Iniciou a escola em Moçambique. Quando regressou a Portugal fez a 3ª e a 4ª classe no mesmo ano. Continuou a desenhar, a ouvir “O Som da Frente” e a jogar “Match Day” num ZX Spectrum ligado à televisão. Era fã do Pacman nos “salões” de videojogos. Estudou na escola secundária Liceu Alexandre Herculano e curso de Artes Visuais na escola Soares dos Reis. Cursos de Visual Basic, CadCam, HTML, Flash. Continua a desenhar. Faz BD com trabalhos publicados em algumas revistas e fanzines. Tem duas filhas. Trabalhou em duas empresas gráficas e atualmente num estúdio de design. Voltou à escola na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto no acesso para maiores de 23 anos.