Tags: tipografia

Drawing Heartbeats

Ana Silva

Drawing Heartbeats surge da necessidade de criar um aparelho que registe os batimentos cardíacos, de modo a estudar o comportamento dos mesmos. Inicialmente foi construído um microfone-estetoscópio de modo a ser possível ouvir os batimentos cardíacos. Porém, o aparelho em questão não tinha potência suficiente para os reproduzir e acabei por encontrar uma alternativa chamada pulse sensor. O pulse sensor é um aparelho que requer a utilização do software e hardware Arduino. Através do mesmo é possível registar os batimentos cardíacos e, em Processing, relacioná-los com um desenho, uma imagem e até um som. Após as várias experiências das matérias lecionadas, decidi realizar uma perfomance que abrangesse parte tecnológica vs expressiva.

Drawing Heartbeats é uma perfomance que tem como base um programa que reproduz visualmente os batimentos cardíacos em forma de um círculo azul. Porquê círculo? Porque, tal como os batimentos cardíacos, representa um ciclo. Apesar de ter várias nuances, este ciclo nunca é quebrado, é regular. No sentido de quebrar o mesmo e de criar uma dualidade da noção de batimentos cardíacos, assumo duas perspetivas da representação dos mesmos. A representação mais científica, regular, relativa, em que o círculo é perfeito e apenas altera o seu tamanho, vs a representação emotiva, irregular, expressiva, subjetiva, em que são desenhados manualmente, sobre a projeção, círculos irregulares.

https://www.youtube.com/watch?v=TNthxMXu3KM

A perfomance realizada tem como base um exercício de design condicional, em que a pessoa desenha círculos, a vermelho, mediante a área da representação visual dos batimentos, nunca podendo exceder a mesma. A escolha de desenhar círculos surge da necessidade de me apropriar de uma forma que tem ciclo podendo distorce-la e torna-la subjetiva. Apesar do desenho ser mimético, a exaustão da reprodução dos círculos acaba por introduzir um lado mais expressivo e emotivo, tal como os desenhos de Cy Twombly e Heather Hansen.

Por fim, apesar de criar uma dualidade de representação dos batimentos cardíacos, acrescento a dualidade da cor: entre o azul e o vermelho (cores que associamos ao coração). O batimento é representado a cor azul, cor que associamos à monotonia e à frieza e o desenho é representado a vermelho, cor que relacionamos com a emoção.

O projeto explora um exercício de design condicional que, apesar de ser intencional, consciente e pensado, o intérprete acaba por ser surpreendido pelos seus próprios batimentos, condicionando o seu desenho aos mesmos. Drawing Heartbeats poderá, futuramente, ser utilizado por várias pessoas e alterado de modo a estar sujeito a outras interpretações, tendo como objetivo ser base de trabalho para a criação de desenhos, composições.

Links


Ana Serôdio Silva (Viseu, 1996) é conhecida por Anita. Apaixonou-se pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto em 2013, na qual ingressou em 2014 no curso de Design de Comunicação. As suas principais áreas de interesse são o design editorial, a fotografia, multimédia e desenho.

Morph Type

Sofia Felgueiras & Marta Dias

A aplicação Morph Type distorce caracteres através do toque e do movimento do rato. É um programa interactivo e de fácil utilização. O objectivo é que cada pessoa possa personalizar o seu alfabeto, tornando-se todos os alfabetos visualmente diferentes.

morphtype

 

Fizemos este programa no Processing 1.5.1 e utilizámos a biblioteca NextText na criação do código. Esta é ideal para a criação de programas que exploram a tipografia de forma interactiva e dinâmica. Estudámos um exemplo da biblioteca e seguimos alguns tutoriais. Criámos o nosso próprio programa, que contempla características desses programas e outras que acrescentámos de raiz.

https://www.youtube.com/watch?v=VwMvlE49j4U

Pensámos a aplicação a partir de um princípio funcional e esteticamente limpo. A primeira página tem o título e identifica os autores, a instituição e a disciplina. Na segunda página inserimos uma breve descrição do projecto e as instruções.

Usámos a FreeSansBold como tipografia base, por se caracterizar pelas linhas geométricas e simplicidade de formas e também por ser de fácil personalização. Para deformar o caractere basta pressionar o lado esquerdo do rato. O utilizador pode sempre optar por voltar atrás e começar de novo, pressionando o lado direito do rato. Para guardar pressiona-se a tecla ‘Enter’.

Links


Maria Sofia Felgueiras dos Santos (Viana do Castelo, 1995) estuda Design de Comunicação na Faculdade de Belas­ Artes da Universidade do Porto.

Marta Saragoça Dias (Coimbra, 1996) estuda Design de Comunicação na Faculdade de Belas­ Artes da Universidade do Porto.

Process-Type

Rita Graça, Pedro Sá Couto & João Monteiro

O objectivo do nosso trabalho foi construir um site que resultasse como um arquivo de várias formas de compreender a tipografia. No nosso site cada letra do alfabeto corresponde a um novo programa onde é pedido que o utilizador interaja com o programa ou em outros, que seja apenas espectador.

https://vimeo.com/170397272

No nosso arquivo foi importante encontrar formas diferentes de abordar este tema. Por isso em alguns casos desconstruímos o processo de criação de uma letra, como na letra S, exigimos a interacção do utilizador, como na letra Z, fizemos uso de GIFs, como na letra R; criámos jogos, trabalhámos o som, a imagem e a luz. O facto de o nosso grupo de trabalho ser constituído por três pessoas foi algo muito positivo pois ajudou a que existissem diferentes métodos de trabalho e gostos. Foram usados programas diferentes (Processing, Adobe Photoshop, Adobe Dreamweaver e Kompozer) tornando este projeto ainda mais diversificado.

Salientamos ainda a importância de alguns exemplos já existentes que foram fundamentais para este projeto, fornecendo bases e assim permitir a execução das nossas ideias. O resultado final foi o esperado, um conjunto de programas que têm em comum a tipografia.

Links

  • Process-Type (requer um browser que suporte Java via NSAPI – Firefox ou IE)

Rita Graça, Pedro Sá CoutoJoão Monteiro frequentam o curso de Design de Comunicação na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto.